O pai, Leone nasceu no Porto São Benedito, na Ilha de São Benedito, do rio Taquari e foi criado nessa região banhada pelas águas desse importante rio, um dos formadores do pantanal e também um dos rios afluente do Rio Paraguai, esse último rio da bacia do prata.
Leone era filho de Anselmo Benedito - vô Chemo concebido na sua segunda união com Maria Rachel, irmã da primeira mulher do vô Chemo, ambas da família Paes Proença, costume antigo quando o chefe da familia ficava viuvo.
Aos 08 dias de janeiro de 1929 na ilha do Porto São Benedito do rio taquari, numa casa de palha de acori e barrote - madeira da bocaiuva, numa casa típica dos ribeirinhos, sua mãe com 32 anos dá luz a dois garotos gêmeos: Leone e Leonir . O seu irmão irmão faleceu por volta do anos de 1955.
O pai sempre nos contava que no seu Registro de Nascimento houve vários equívocos cometidos, um deles foi o dia, mês e ano de nascimento e outro mais grave quanto a sua naturalidade, constou que o porto São Benedito, mais especificamente a Ilha de São Benedito, era no município de Leverger, e não a sua região nhecolandia da sua querida cidade de Corumbá MS. Como ele dizia “nem conheço esse lugar Leverger”. E fazia questão de comemorar sempre o seu aniversário nesta data, de fato do seu nascimento 08 de janeiro.
Pelos relatos da família, do pai Leone e também pelo exame das datas dos registros das certidões de nascimento sua e de seus irmãos(as) confirmam que os registros de nascimentos só eram efetuados quando seu pai ou alguém da família vinham até a cidade e na maioria das vezes os filhos já estavam grandes, muitos só eram registrados quando vinham alistar no exército. E quando não traziam o livro de anotações importantes, esses tipos de erros e equívocos nas Certidões de Idade eram comuns na época. Talvez o pessoal cometia equívocos graves dos registros de nascimento por puro desconhecimento de onde ficava a região do belo rio taquari.
A ascendência genealógica pai Leone segundo anotações da ata do casamento dos seus bisavós paternos emitidas em 28.08.1879 pelo Pregador Imperial Frei Mariano de Bagnaia, ele era bisneto legitimo de Manoel Vicente de Souza, assim como de Antônio Pinto de Miranda.
E para ilustrar, os avós paternos do pai Leone que foram também pantaneiros pioneiros daquela região:
• João José filho de Manoel Vicente de Souza e s/m
• Ludgera Maria filha de Antônio Pinto de Miranda.
E os avós maternos do pai era José Paes de Proença e Joana Leite de Proença (ainda não tenho foto).
Segundo relato do pai, irmãos(as) e parentes, os seus avós paternos e maternos vieram junto com os demais pioneiros do pantanal adquiriram e habitaram a ilha e batizaram como ilha do São José do rio taquari localizada nas proximidades do Porto de São Benedito. Posteriormente na década de 1930 -1940 seu pai, irmãos e outros parentes foram fixando moradia nas regiões mais ou menos próximas dali. Os irmãos do vô, nossos tios e primos fundaram várias fazendas como: Fazenda São Benedito, Porto Seráfico, Fazenda Sant Aninha, Fazenda Santa Catarina, Fazenda Natal, Fazenda Espirito Santo, Fazenda São Sebastião, Fazenda Santo Agostinho, Nossa Senhora da Piedade(hoje Fazenda Santa Laura), Vista Alegre, Fazenda São Marco, Fazenda Auxiliadora, Fazenda Santo Antônio, Fazenda Vencedora, Fazenda Fundão e Fazenda São Severino, se esqueci de alguma, me desculpe a família pantaneira,pois são inúmeras. Outros tios e parentes foram residir próximo da outra lado da margem do rio taquari, região do paiáguas, como a Fazenda Tendal, Fazenda Tereré.
Devido as grandes adversidades, constantes cheias do pantanal, grandes dificuldades para o proprietário rural de pequeno e médio porte, aliada a falta de políticas públicas concretas principalmente nas áreas logísticas e da educação, falta de escolas rurais publicas na região para os filhos dos pantaneiros houve também um grande êxodo rural na região e adjacências, assim como nas demais regiões pantaneiras.
E como consequência natural, novos proprietários de outras regiões culturas diferentes,trazem técnicas, novas inovações, práticas e vão deixando de existir os objetos da, as práticas e as expressões regionais da nossa antiga gente pantaneira, conhecimentos de outrora, até mesmo as sedes das antigas fazendas com seus objetos fabricado pelos homens pantaneiros vão se deteriorando pela ação do tempo e com isso os patrimônios imateriais vão se perdendo também sem ao menos terem sido catalogadas pelo IPHAN. E o Complexo do Pantanal foi considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera.
O pai Leone aprendeu desde cedo com seu pai a lida diária do campo, a lidar com o gado, mexer com roça, plantar e colher, arroz, o feijão, o milho, a mandioca, cana de açúcar, o café, a banana. Aos 09 anos de idade já ajudava na roça, era peão vaqueiro e sabia a lidar com o gado e a cuidar dos seus animais com muito carinho. Aprendeu também com seu pai os ensinamentos da vida pantaneira, da natureza, o significado do vento do sul ou do norte, a linguagem dos animais que era emitido através dos seus sons, como exemplo do macaco bugio emitir o som parecido de uma moenda de um engenho, avisando a mudança do clima e isso a chuva caía com certeza.
Mas o que adorava mesmo fazer era lidar com o gado naquela região como um típico pantaneiro e laçar a rês com o seu laço trançado por ele mesmo artesanalmente, o fio fabricado do couro do gado bovino.
Mesmo com todas as dificuldades e peculiaridades da região, Leone foi para a escola rural privada e aprendeu no tempo da palmatória de um furo, o equivalente ao ensino fundamental, pois ali na região tinha um mestre, Maneco Rocha, era professor particular que ensinava os meninos(as) daquela região. O nome desse ilustre professor, Manoel Coelho Rocha, Maneco Rocha para os amigos, ministrava as sua aulas na fazenda São Benedito – porto do rio taquari que nessa época passou a ser proprietário daquela linda fazenda na época, pois o seu cunhado Anselmo Benedito já estava fundando a fazenda Panorama. Atualmente os seus descendentes não residem mais na região.
A nossa religião católica era contada de pais para filhos como uma fábula, para melhor assimilação dos filhos. Tinha também as estórias dos animais do pantanal, como a esperteza do macaco sobre a onça pescadora, tinha estória sobre humildade, bondade e ambição e avareza. E assim iam evangelizando e educando os seus filhos aqueles pantaneiros de outrora.
A nossa família muito devota do Divino Espirito Santo, o padroeiro da família, devota de São Benedito e de São Sebastião também. As novenas e festas da bandeira do Senhor Divino naquela região era muito forte e ficavam a cargo da Irmandade Espirito Santo que um dia talvez eu posto aqui. Essas boas festas de religiosidade foram ficando para traz, pois o pessoal festeiro foi chegando na casa dos cinquenta e os filhos já estavam espalhados pelo Brasil todo.
Leone tinha alguns hobbies:
Adorava os cavalos pantaneiros.
Esse pantaneiro gostava da música sertaneja e como bom ouvinte aprendeu tirar umas modas sertanejas na sua Sanfona Todeschini de 120 baixos, mas a sanfona, após o falecimento de seu irmão gêmeo foi deixada um pouco de lado, porque o seu irmão gêmeo sempre o acompanhava com o seu cavaquinho nas modas sertanejas.
Gostava também de treinar cavalos para as corridas de cavalos (carreiras) que aconteciam nas festas do Divino Espirito Santo organizada pela irmandade de sua família.
Nome dos seus amados cavalos pantaneiro de corrida que me lembro: tesourinha e telegrama. Muitas alegrias. É uma pena que não possuo essas fotos para postar, mas a máquina fotográfica era coisa rara naquele tempo para guardar as memórias.
O pai Leone gostava da boa prosa pantaneira e também de jogar o truco espanhol.
Esse pantaneiro cumpriu com a sua obrigação militar em 1949 e o seu irmão gêmeo um ano antes .
Conheceu a sua futura esposa e companheira da vida toda que era campo grandense e sobrinha de Antônio Correa, com um empurrãozinho do destino e da sua sobrinha Maria Izabel. O noivo da sua sobrinha era Getúlio, sobrinho de Antonio Correa. No ano de 1960, a sua sobrinha Maria Izabel veio com sua tia e o noivo conhecer a família do noivo que residia na Chácara Cachoeirinha próximo de Campo Grande, na saída de São Paulo (distancia +ou 20 Km). Chegando aqui fez o convite com insistência para as suas futuras cunhadas para conhecer aquela linda região pantaneira, após ter elogiado os seus belos tios, primos, irmão, rapazes solteiros de boa família que moravam naquela região. No seu regresso, sua futura cunhada, Nadir acompanhou-a e foi conhecer a região e também os belos rapazes. E chegando lá na fazenda Panorama conheceu as duas paixões: o seu companheiro de toda a vida Leone e a bela região. Uma foto foi tirada registrando o retorno da sobrinha e a visita da moça bonita por quem se apaixonou.
O Antônio Correa na época arrendava a fazenda Vista Alegre, vizinha da nossa casa, a fazenda do tio Mino e depois do seu filho, primo Antônio.
Em setembro de 1961, Leone casou com Nadir, filha de Joaquim Correa e Odília e dessa união nasceram 06(seis) filhos: Valdenice, Sebastião, Eudinice, Dany (engenheiro agrônomo), Deiveny e Odenir. Os seus filhos e filhas tiveram de estudar na cidade.
Todas as pequenas coisas que seus pais, avós lhe ensinaram, ele procurou transmitir depois para seus filhos(as). Mas chegou o tempo de escola de seus filhos(as), um a um, teve que ir para cidade, aliás um problema para todos os pais daquela região que até hoje não teve solução, falta escola pública na região. Quem dera se funcionasse pelo menos um barco escola no rio taquari, a falta da escola foi um dos principais motivos do êxodo rural daquela região.
Por falta de escola, a convivência do pantaneiro com os filhos foi ficando restritas as férias escolares. As férias para os filhos dos pantaneiros que estudavam na cidade tinha um sabor diferente, isso significava que tinha fechar as notas mais cedo possível, ninguém ficava de exame, pois queria aproveitar o máximo e ficar junto dos seus pais. E o interessante que isso muitas vezes é o inverso dos pais que residem na cidade. Enquanto os pais das cidades muitas das vezes se afastam dos filhos no período de férias e enviam para colônia de férias ou para casa de um parente, para os pais e os filhos pantaneiros significavam ao contrario estar juntos dos seus filhos, motivo de muito alegria, família reunida e poder repassar os ensinamentos da vida, dos valores da sua região, continuar ensinando transmitindo o seu dia a dia, educando, mas o tempo era curto. E lembro também das boas conversas que tive com meu pai.
Eu me recordo quando estudava na cidade de Corumbá e que as nossas férias em dezembro era um aventura só. E o pai como pantaneiro experiente ia nos encontrar no caminho, numa distancia de casa aproximadamente a uns 18 km. A modalidade do tipo transporte em dezembro no mínimo eram três, um veículo automotor(caminhão) até fazenda Santa Terezinha, barco para travessia do corixão duas vezes, uma perto daquela fazenda e a outra demoninada de pau seco. E chegando na Fazenda Corixão da baixa nhecolandia, hoje de propriedade do espólio Manoel Mourão, para chegar em casa pegávamos um carro de boi ou cavalos até em casa. Esses 18 km para nós que vinhamos da cidade era o mais divertido e parecia que passava mais rápido, mas era mais demorado que toda a viagem de Corumbá a fazenda Santa Terezinha. Mas chegando na nossa residencia rural, todo o esforço era recompensado.
E por isso o pantaneiro tem de aprender a lidar com todo tipo modalidade de transporte também ensinar a seus filhos. E o pai Leone preocupado conosco saía da fazenda Panorama para acompanhar e orientar a fazer a nossa travessia no barco, no carro de boi ou a cavalo.
A vida desse pantaneiro sempre entre dois extremos, sempre com dificuldade, muita luta e perseverança, mas não perdia o seu otimismo mesmo nos dias mais difíceis. E sempre acreditava que o dia seguinte seria melhor ainda.
No dia da minha formatura universitária na UFMS (dezembro 1984), primeira filha a se formar não foi diferente, afinal era o orgulho do pantaneiro ter um(a) filho(a) formando a faculdade. Mas esse dia foi dividido com outro motivo que o impediu que fizesse parte da comemoração de ter uma filha formada na universidade, Bacharel em Ciências Contábeis, pois a sua companheira de luta de tantos anos, a mãe estava hospitalizada. Mesmo assim passou rapidinho para dar aquele apoio na minha colação de grau.
E sempre confiante que tudo ia melhorar, com a graça de Deus e os médicos, a mãe depois se recuperou.
A nossa propriedade rural desde o tempo dos avós já funcionava na base em regime economia familiar, tanto na agricultura como na pecuária regime familiar, embora a atividade da agricultura era mais para subsistência, a família do produtor participava da plantação até a colheita, até o produto final. Eu diria que esses eventos a família se estendia até os parentes e os amigos vizinhos mais próximos, viviam em uma comunidade de base rural onde vizinhos ajudam vizinhos. Todos que ajudavam recebiam a sua contribuição e os excedente eram armazenados, vendidos ou cedidos para os demais vizinhos utilizando na maioria das vezes como moeda a troca (escambo) por outro produto que não tinha produzido.
Após as partilhas dos inventários a fazenda com área menor foi classificada como uma pequena propriedade e como parte da família ficava na cidade por causa do período escolar ou mesmo de trabalho, os grandes eventos da produção de rapadura, farinha de mandioca que demandavam mais mão de obra familiar começamos então a planejar na data das férias para que os membros da família que residiam na cidade pudessem cooperar e auxiliar naquela labuta da fazenda de pequeno porte.
E pode acreditar que cada evento de produção foi um belo acontecimento que merece ser relatado individualmente.
O pai gostava de um bom churrasco pantaneiro e do arroz carreteiro pantaneiro, de um melado de cana, uma boa rapadura, uma boa farinha mas gostava de prepara-los também.
O dia 08 de janeiro sempre era comemorado em grande estilo com muita fartura e um bom churrasco pantaneiro.
O churrasco, era ele que sempre que escolhia a matula(rês que serviria para o churrasco), laçava com o seu laço feito por ele mesmo de couro bovino.
E para fazer o carreteiro gostava de preparar a carne de seca (sol), abrindo a carne e caprichava nessa arte mantear e depois salpicava o sal grosso e estendia no varal de carne de sol.
Gostava de fazer a sobremesa, a rapadura, retirar o ponto certo rapadura, retirar melado grosso pronto para ser batido numa vasilha grande de madeira boa (coxo) e após a retirada do melado, mexer o que sobrou no tacho e colocar agua para retirar a delicia da criançada e dos adultos também o famoso mocororó no fundo do tacho. Enfim desde moeção da cana no nosso engenho puxado na tração animal, depois o caldo seguia para o tacho para ferver na sua fornalha até as rapaduras na forma, o Sr. Leone fazia questão de nos ensinar e distribuir as tarefas. E quando ia fazer rapadura de massa, ficava na responsabilidade das mulheres a dar conta das massas prontas para colocar no tempo exato no caldo de cana fervido.
Como todo bom pantaneiro também gostava de saborear um tereré(erva mate com água fria) debaixo de boa sombra, assim como gostava do chimarrão(erva mate com água fervente).
Esse eventos marcaram a nossa infância, adolescência, juventude e de adulto também, fez com que Sr. Leone fosse muito querido pelos seus familiares, principalmente pelo seu bom astral para com seu próximo. Essa convivência, com essa reunião crescemos e fez de nós sermos uma família unida.
A título de esclarecimento a rapadura é fabricada a partir da fervura do caldo de cana, e em seguida, moldada e seca, sua fabricação iniciou-se no século XVI nas Ilhas Canárias, território espanhol. E no mesmo século, teve início a produção no Brasil, nos primeiros engenhos de cana-de-açúcar.
Esses eventos que demandam várias mão de obra e por sermos uma família unida e pequenos produtores procurávamos sempre estar todos juntos nesses eventos da fabricação artesanal da farinha da mandioca e da rapadura. Nós membros da família que moramos na cidade vamos todos para fazenda para colaborar com o evento.
Esse pantaneiro sempre alegre, prestativo, seu otimismo era contagiante, bom anfitrião pantaneiro, tinha uma sabedoria de nos mostrar de uma forma simples como lidar a resolver os obstáculos com dignidade e a simplicidade do homem do campo. Como adorava uma boa prosa pantaneira, era considerado pelos seus conhecidos, amigos e parentes como um dos poucos ícones pantaneiro da zona nhecolândia no baixo pantanal.
É como Nogueira já dizia em 1990 e acrescentando um pouco que para conhecer e procurar entender o homem pantaneiro é necessário descer o Pantanal como se diz comumente. E na convivência da sua lida diária poderá ver práticas simbólicas, tradições, seu misticismo, seu senso de humor, a memória fotográfica da maioria deles e a imaginação fértil para contar CAUSOS acontecido no Pantanal, assim como para criá-los.
Esse pantaneiro em dezembro de 1999 enfrentou a cirurgia da próstata no Hospital do Câncer em Campo Grande MS, mas primeiro teve controlar a pressão arterial que vivia nas alturas. Em setembro de 2001 a cirurgia para a retirada das cataratas dos seus olhos no Hospital São Julião de Campo Grande MS que atrapalhava a sua visão. E em outubro 2007 efetuou a última cirurgia para a retirada da vesícula no Hospital São Julião.
O seu grande defeito e vicio foi fumar cigarro. Esse grande e grave defeito, o prazer de fumar o cigarro, iniciou a destruição da saúde dos seus pulmões, sempre disse que iniciou a fumar quando tinha 35 anos. E com esse vicio veio a neoplasia pulmonar maligna. Mas como a sua qualidade de vida junto da natureza, os seus efeitos só apareceram de repente nos últimos tempos.
As suas qualidades eram muitas que superavam todos os defeitos e vícios.
No seu íntimo acho que já sabia que a sua partida já estava próxima, pois esse pantaneiro quando fez as duas últimas viagens que fez para o seu pantanal, uma delas pelo Rio Negro MS de camioneta e quando chegando na Fazenda Santa Therezinha devida a cheia daquela região pantaneira e teve que fazer a volta andando mais de 100 km, ele me disse que foi a viagem que mais gostou pois reviu lugares e fazendas que a muito tempo queria rever. Ficou triste quando soube que seu primo Naudir de Barros faleceu, era do seu tempo. E lembrou das vezes quando Naudir pilotava o avião ia visitar o seu velho pai que era o tio daquele pecuarista e piloto de avião.
A falta de logística para o período de cheias e de secas é muito grande e prejudica muito a região assim como aos poucos homens pantaneiros e as mulheres pantaneiras que ali residem e que fazem parte integrante desse diversificado Pantanal.
Esse homem pantaneiro, no dia 02.06.2011 como o lírio do campo, ou melhor um lírio do pantanal que emergiu, nasceu, desabrochou, depois secou e murchou, partindo para vida eterna deixando muitas saudades nos seus filhos, esposa, irmãos e irmãs, sobrinhos e sobrinhas, amigos e amigas, em especial aos amigos pantaneiros da zona baixa da nhecolândia do município de corumbá.
Pai, como filha de um pantaneiro simples que amava a sua região, a qual sempre tive orgulho de ser filha, deixo registrado um pouco da sua vida pantaneira como uma homenagem. As minhas lágrimas assim como as da família vem do fundo do nosso coração, ainda mais com a sua partida repentina e inesperada, pensamos que gente querida vai durar para sempre. As nossas lágrimas significa apenas saudades do seu bom astral, otimismo contagiante e que filha não ficaria, mas acredito na vida eterna e que você estará sempre nos ajudando. E quanto ao legado que nos deixou está repleto de bons exemplos.
A nós filhos deixou um enorme legado e inestimável de muitos bons exemplos.
Parabéns papai, hoje é o seu aniversário. E tenho certeza que onde estiver está tendo uma bela prosa com Deus e ajudando a sua a família, a sua gente pantaneira e o seu pantanal querido. Descanse em paz, pois tenho certeza que o senhor cumpriu a sua missão sendo um legitimo e típico pantaneiro aqui na terra e levou na sua bagagem muitas coisas boas e nos encontraremos na vida eterna. Parabéns e lhe ofereço as flores colhidas no campo do nosso Pantanal, assim como as coisas do campo que o senhor mais admirava. Parabéns pelo seu dia e por toda a eternidade!!
Um comentário:
Olá Valdenice! Meus parabéns pelo seu lindo relato! Pelas datas do seu relato, acho que o meu querido e saudoso pai, foi contemporâneo do seu, quem sabe se até se conheceram em suas andanças pantaneiras, pois o meu era chefe de comitivas e viajava muito por todas as regiões pantaneiras... Meu abração pantaneiro
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