Quer pesquisar?

02 abril 2009

Concurso para cadastro de reserva compensa ou não?!

Uma das dicas é verificar instituição contratante e a empresa organizadora.
Especialistas dizem que, mesmo sem vagas definidas, concurso vale pela experiência. Maria Angélica Oliveira Do G1, em São Paulo
Se prestar um concurso público com vagas definidas já causa expectativa nos candidatos, uma seleção para cadastro de reserva tem potencial ainda maior para gerar ansiedade em quem procura uma vaga no serviço público.
Para especialistas, os concursos para cadastro de reserva não devem ser vistos com desconfiança. Segundo eles, o candidato pode e deve buscar maneiras de se assegurar de que há possibilidade concreta de nomeação.
“A pessoa tem que olhar qual é o órgão contratante. Se for um conselho regional de algum órgão pouco representativo oferecendo cargos muito atraentes, por exemplo, convém a pessoa averiguar se esses cargos existem, dar uma sondada. E a segunda coisa é a empresa organizadora. São os dois elementos que dão segurança para o candidato: quem vai contratar e quem está fazendo o concurso”, aconselha Carlos Alberto De Lucca, coordenador do Siga Concursos.Formada em informática, a “concurseira” Ana Lúcia Húngaro, de 38 anos, segue a dica. No início do ano, ela fez a prova para analista da área administrativa do Ministério Público da União (MPU), cargo para cadastro de reserva. “A gente sempre procura saber se a instituição costuma chamar ou não. Conversei com o pessoal de concursos, das escolas”, conta.
Outra orientação é fazer pesquisa ‘in loco’, opina o sociólogo José Luiz Baubeta, especialista na área e diretor de recursos humanos da Central de Concursos.
“A pessoa pode procurar a repartição pública e perguntar se vale a pena, se o concurso é sério ou não. Esse ‘feedback’ de testemunhar alguém que já passou em concurso para cadastro reserva é bom”, diz.
Segundo ele, o candidato não deve pensar que “jogou tempo e dinheiro fora” caso não seja chamado. Para Baubeta, o “know-how” e a experiência adquiridos nas provas já valem a pena, não importando se há vagas definidas ou se o concurso é para cadastro de reserva.
“Tem gente que fala: 'Ah, vou prestar esse concurso que tem 40 vagas e 40 mil candidatos? É muito pouca vaga'. Aí eu digo: 'mas quantas vagas resolvem o seu problema? Uma'.”
'Efeito dominó' .
É o que diz o Banco do Brasil. Desde 1999, o banco realizou seis concursos – todos para cadastro de reserva e para o cargo de escriturário, o primeiro da carreira da instituição.
“Vamos supor que você entrou em uma agência e está precisando de caixa-executivo, por exemplo. Você pode entrar um dia no banco (como escriturário), no outro dia estar fazendo curso de caixa-executivo e depois já exercer o cargo”, explica o gerente de divisão da Diretoria de Gestão de Pessoas do banco, Josimar de Gusmão Lopes.
Segundo ele, o banco opta por realizar concursos sem número de vagas definidas devido à quantidade de funcionários que se aposentam todos os meses.
“Sempre vai sair o funcionário mais antigo que naturalmente já ocupa um cargo melhor na empresa. Como sai lá de cima, tem um efeito dominó (...) sempre vai ter o reflexo lá embaixo”, explica Lopes.
Segundo dados da instituição, dos 4.653 classificados do concurso realizado em 2001 na região Centro-Oeste, 4,5 mil foram chamados. Já em 2003, dos 118 mil classificados na seleção feita para todo o país (exceto para a capital paulista), cerca de 30 mil foram chamados.
Diogo Nogueira, de 27 anos, foi um dos inscritos no concurso da Chesf. Ele conta que ficou em primeiro lugar no cargo de administrador na região para a qual se inscreveu – Recife (PE) - e diz que vê perspectiva de tomar posse pelo fato de ter sido bem classificado. Mas diz que também pretende prestar outros concursos, mesmo para cadastro de reserva.
“Independentemente de ser cadastro reserva ou não, a pessoa tem que se esforçar, se dedicar e estudar até porque, independente de ter vaga ou não, tem que se dar bem na prova. Se não se der bem na prova, não vai ser chamado”, diz.
Regra é estudar.
Com ou sem vagas definidas, os especialistas afirmam que a regra é estudar. O coordenador do Siga Concursos diz que, mesmo sem o nome de “cadastro reserva”, os candidatos que atingem a pontuação mínima, mas não chegam aos primeiros lugares, acabam “ficando na fila” de uma forma ou de outra.
“Vamos supor que um concurso tinha uma nota mínima e mil pessoas atingiram essa nota, mas só tinha 200 vagas. Durante esse prazo de validade, podem surgir outras vagas: o pessoal se aposentou, mudou de comarca, se afastou etc. Se está dentro do prazo de validade, o órgão não pode realizar outro concurso. Então ele vai chamar o 201º, 202º até completar as vagas”, afirma.
Validade dos concursos
A lei 8.112 fixa a validade dos concursos públicos em até dois anos, podendo ser prorrogados uma vez, por período igual. Além disso, a lei determina que outro concurso não pode ser aberto “enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado”, diz o texto.
Fonte: O Portal de Notícias da Globo

Nenhum comentário:

Livros - sugestão de leitura:

JC

$

Como Ganhar Dinheiro na Internet

Buscape - pesquise ofertas

Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

Postagens anteriores em destaque

Oportunidades - Vagas:

BlogBlogs.Com.Br